ANTI-DESIGN
Resumo
O Design de Interiores e a Arquitetura satisfazem a nossa necessidade básica de abrigo e proteção: ambos “estabelecem o palco para a maior parte de nossas atividades e influenciam suas formas, nutrem nossas aspirações e exprimem as ideias que acompanham nossas ações” (CHING e BINGGELI, 2013, p.36). Para que tais objetivos sejam atingidos é necessário determinar quais elementos serão usadas e como serão dispostos ao longo do processo de projeto. O uso e a disposição dos elementos visam a melhoria funcional, o aprimoramento estético e a melhoria psicológica dos espaços. A forma como percebemos a forma e a função dos ambientes, apesar de intuitiva para o usuário, é fruto de rica pesquisa e experimentação por parte de profissionais e artistas (GOMES FILHO, 2009). O conteúdo estético e seu significado vem sendo testado pelas sociedades humanas desde a pré-história: diferentes grupos em distintos momentos históricos construíram uma gramática visual perceptível e carregada de significados. Desde o Egito Antigo, a arte sido utilizada em ambientes interiores com o objetivo de decorar, mas, principalmente, informar os usuários dos espaços. Diferentes estratégias materiais para demonstrar as ideias de luxo, poder e riqueza foram desenvolvidas na Antiguidade e ainda são empregadas nas cidades contemporâneas: o uso da linguagem arquitetônica clássica (colunas gregas, frontões triangulares, abóbodas), a monumentalidade de espaços e objetos artísticos, as cores e tecidos etc. Estas estratégias materiais foram ampliadas durante o Renascimento Cultural objetivando a comunicação das mesmas ideias. Porém, ao longo dos séculos XIX e XX diversos designers, arquitetos e artistas buscaram outras ideias para representar através de seus trabalhos e, consequentemente, outras estratégias materiais para comunicar visualmente seus pensamentos (DEMPSEY, 2010; GOMBRICH, 1999; PEREIRA, 2010).
