O DIAGNÓSTICO PELA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA-EXISTENCIAL
Resumo
Partindo de alguns pressupostos da fenomenologia e do existencialismo, o presente artigo busca mapear e analisar as principais discussões sobre diagnóstico nessa abordagem. A pesquisa é de natureza básica, de abordagem qualitativa e exploratória. Quanto aos procedimentos é do tipo bibliográfica, nos quais são explorados na literatura científica (livros, artigos, teses e dissertações) o tema proposto. A revisão bibliográfica referente à psicopatologia e ao diagnóstico dentro da perspectiva fenomenológica-existencial foi realizada através de autores que discutem a temática propondo uma forma de diagnóstico diferente da utilizada pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM e pela Classificação Internacional de Doenças – CID. Estes manuais são promovidos pela psicopatologia operacional como instrumento de diagnóstico, que serve ao propósito de unificar a linguagem e aproximar-se de uma maior confiabilidade nos diagnósticos realizados pela psiquiatria. Por sua vez, o modelo classificativo das doenças mentais reduz a capacidade de observação na constituição de um diagnóstico, sendo amplamente discutida sua validade. Pela perspectiva fenomenológica-existencial o diagnóstico também tem sua importância reconhecida, porém diferente da psicopatologia operacional, esta abordagem propõe que o diagnóstico seja realizado considerando a estrutura subjetiva do sujeito em conjunto do que emerge da relação entre terapeuta e sujeito. Deste modo, o que é apreendido do sujeito deve ser realizado com uma descrição diagnóstica que transcenda a classificação, possibilitando informações que facilitem a compreensão de como o sujeito é estruturado psicologicamente, para que então se possa conduzir o trabalho terapêutico.